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Coloque seus óculos de poeta!
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MUNDO BANI e os valores a desenvolver para essa nova realidade
Você já ouviu falar do termo Mundo BANI?
Esse termo foi criado para se referir às mudanças pelas quais o mundo vem passando.
Nesse artigo, explico para você de onde ele surgiu, o que significa, quais os valores importantes a desenvolver para o mundo BANI segundo o próprio criador do termo e qual a relação disso tudo com crescimento pessoal. Vem comigo!
O que é o BANI e como ele surgiu?
Não é de hoje que analistas tentam prever grandes mudanças no mundo: o termo VUCA [Volátil, Incerto (Uncertainly), Complexo e Ambíguo] foi criado no final da década de 80 para compreender a realidade e as transformações de uma sociedade que entrava na era da internet.
Mas o mundo está em constante evolução, e o modelo VUCA passou a não dar conta de explicar as mudanças e a forma como elas evoluíam.
Estaríamos, então, diante de uma mudança de padrão, sendo necessária uma nova “sigla” para traduzir essa nova realidade e projetar suas possíveis consequências para o futuro.
E foi aí que o futurista Jamais Cascio, a partir dos seus estudos, propôs em 2018 o termo BANI: Brittle, Anxious, Nonlinear e Incomprehensive. Ou em português: Fragilidade, Ansiedade, Não linearidade e Incompreensão.
Em seu artigo, The Age of the Chaos, Jamais explica que a fragilidade se expressa, por exemplo, nas monoculturas, onde cultivar uma única safra significa produção máxima até que um inseto que afeta apenas aquela espécie destrói todo o campo; a consciência da fragilidade do mundo e do ser humano diante da pandemia e das mudanças provocadas pelo aquecimento global gera a ansiedade; a não linearidade se expressa na crise que tivemos com o covid-19, na forma em que a pandemia se espalhou pelo mundo; e a falta de compreensão seria uma consequência da sobrecarga de informações contraditórias, além das fake news, circulando em todos os meios de comunicação. E vários outros exemplos.
Nesse contexto, um valor extremamente importante e necessário é a empatia, para entendermos que "esse estresse afeta a todos nós".
Sobre os valores a desenvolver
Num mundo em que a Inteligência Artificial vem ganhando espaço, Jamais Cascio traz valores e comportamentos humanos como sugestão para enfrentar cada desafio do BANI:
“Sistemas frágeis precisam de resiliência, a capacidade de um sistema, ou instituição, ou pessoa, de resistir a choques repentinos.[...]
Os sistemas indutores de ansiedade precisam de empatia [...]. Em sua forma mais simples, é a disposição de ser gentil e misericordioso — tanto com os outros quanto consigo mesmo.
Os sistemas não lineares precisam de improvisação, a capacidade de se adaptar rapidamente a mudanças e desenvolvimentos inesperados. Ser criativo sob pressão. A improvisação exige que as pessoas não fiquem restritas apenas a escolhas pré-determinadas.
Sistemas incompreensíveis precisam de intuição, ouvindo a capacidade do nosso cérebro de reconhecer conexões ocultas ou quando algo não parece certo, mesmo quando tudo parece bem. [...] Nossos cérebros são máquinas notáveis de reconhecimento de padrões. [...] É o produto de milhões de anos de evolução biológica. Buscar insights quando você não sabe exatamente o que está errado, ou o que fazer, às vezes pode ser o único caminho para o sucesso — ou até mesmo para a sobrevivência.”
Resiliência, empatia, improvisação e intuição.
Qual a relação disso tudo com crescimento pessoal?
Cada pessoa reage segundo um padrão de crenças, pensamentos e comportamentos.
Nossas crenças se transformam em pensamentos,
os pensamentos em palavras,
as palavras se tornam ações
e estas ações repetidas se tornam hábitos.
E estes hábitos formam nossos valores
e nossos valores determinam nosso destino.
Mahatma Gandhi
Se Gandhi estiver certo e “[...] nossos valores determinam nosso destino”, e percebendo a crise de falta de sentido que vivemos hoje, deixo algumas perguntas:
- Que outros valores precisaríamos desenvolver para agregar mais sentido à nossa vida?
Autoconhecimento e Criatividade seriam a minha sugestão. Qual seria a sua? - Que padrões de comportamento, pensamentos e ações precisaríamos rever para que o futuro se mostre mais otimista, principalmente observando as mudanças climáticas cujo prognóstico é aterrador?
- Poderíamos pensar em retrospectiva e nos perguntar: que valores nos trouxeram até o ponto em que estamos hoje? Vale a pena continuar a cultivá-los?
Falar em crescimento pessoal normalmente traz mais interrogações que pontos finais. O segredo está em se fazer as perguntas certas e partir em busca das respostas.
O caminho pode ser coletivo no começo, partindo de valores essenciais como esses que vimos: resiliência, empatia, improvisação e intuição. Mas a maior parte desse caminho é individual e intransferível, de modo que a resposta que serve a mim dificilmente servirá a você.
Quais são os valores que motivam as suas escolhas, tanto pessoais quanto profissionais?
Comente! Quero saber a sua opinião.
Um abraço, e até o próximo post!
Fontes:
Artigo do Medium ‘Facing the Age of Chaos’, por Jamais Cascio.
Artigo do Medium ‘Human Responses to a BANI World’, por Jamais Cascio.
Elaine Yanagui
Escritora e ilustradora de e-books infantis, gosta de trazer para o blog seus aprendizados em literatura, filosofia, criatividade e, vez ou outra, conteúdos relacionados ao tema crescimento pessoal.
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